Este ano foi marcado por uma mudança radical na nossa atitude em relação aos maiores players de tecnologia – e, ao que indica, nos Estados Unidos, não para melhor.
O Facebook, com uma base de usuários do dobro do tamanho do hemisfério ocidental, parece estar em meio a uma crise de identidade: o CEO Mark Zuckerberg passou grande parte de 2017 em uma turnê nacional que a The New York Times apelidou de “educação do mundo real”.
Enquanto isso, a plataforma se envolveu em um debate nacional que começou com algumas notícias falsas e evoluiu para uma investigação sobre como o governo russo armou a rede para influenciar nas eleições presidenciais de 2016.
Já a Amazon fez avanços consideráveis em sua busca para atender todas as partes da nossa vida, desde a aquisição da Whole Foods até o lançamento de um plano para obter as chaves nas nossas portas de casa.
A Apple continua a acumular uma vasta reserva que, da última vez, beirava os US$ 260 bilhões, mas seus dispositivos de primeira linha perderam brilho – já faz anos que a empresa lançou um produto mude o jogo verdadeiramente.
O Twitter passou maus bocados por assédio e exércitos de bot de origem nefasta, o que pode explicar o crescimento tímido da base de usuários, apesar de se tornar a nova plataforma não oficial para a política americana. E há um senso de crescimento, sublinhado pela decisão antitruste da União Europeia de U$ 2,7 bilhões contra o Google, de que toda a cabala de empresas de tecnologia grandes sairam de gigantes amigáveis para monopólios impiedosos.
Entre setembro e outubro, a revista The Verge fez parceria com a Reticle Research para realizar uma ampla pesquisa sobre a atitude do público em relação a alguns dos maiores nomes da tecnologia. O levantamento foi feito com 1.520 pessoas nos EUA e tem margem de erro de 3%
As descobertas são fascinantes: os entrevistados confiaram no Facebook menos do que o Google – e “confiança” foi um fator primordial para os indivíduos que se abstiveram de usar o Facebook globalmente.
Os entrevistados confiaram na Amazon quase tanto quanto no próprio banco. De todas as empresas mencionadas em nossa pesquisa, os entrevistados provavelmente recomendariam serviços da Amazon à sua família e amigos.
Já o Twitter ficou no lado oposto: um quarto dos entrevistados disse que provavelmente não recomendaria o serviço.
Fonte: E-commerce Brasil